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A peste bubónica
Ratos. Esguios e espertos, infestavam todas as cidades existentes no século XIV. Devoravam comida e deixavam rastos conspurcados. Mas, em 1357, os ratos também espalharam uma doença mortal. Os terríveis inchaços que causava nos corpos das suas vítimas deram-lhe o nome de «Peste Negra». A peste bubónica matou mais de um terço da população da Europa. Os sobreviventes, aterrorizados, não sabiam que os causadores da doença eram os ratos. Em vez disso, culparam o mau comportamento, os maus cheiros e, até, as roupas justas.Disseminação da pesteNão foram os ratos em si que propagaram a Peste Negra, mas sim as pulgas deles. As pulgas contraíam a doença dos ratos infetados e espalhavam-na ao morderem ratos saudáveis. Quando estes ratos morriam da doença, as pulgas saltavam para as pessoas... e infetavam-nas. Numa reviravolta cruel, matar os ratos agravou o problema: as pulgas precisam de um anfitrião vivo e, por isso, fugiam dos repulsivos e frios cadáveres dos ratos para se refugiarem no calor e no conforto dos corpos humanos.Como identificar...Os sinais assustadores da Peste Negra surgiam entre dois a dez dias depois de a pulga morder. Algumas vítimas começavam por ter terríveis dores de cabeça e de costas, que as confundiam. Mas todos os infetados padeciam de uma súbita febre alta. Se um alto mole, chamado bubão, aparecesse no pescoço, nas axilas ou nas virilhas, uma morte dolorosa estava a poucos dias. Tossir e vomitar sangue também eram sinais....e como travarEm pânico, os governos tentaram de tudo para travar a peste. Um foi bem sucedido: o de Dubrovnik, na Croácia, cidade que na época pertencia a Veneza. Em 1397, a câmara municipal mandou todos os que chegavam para uma ilha próxima. Só os que se mantivessem sãos após 30 dias (esse período seria depois alargado para 40 dias) entrariam na cidade. Essa temporada de isolamento controlado chamava-se quarentena, da expressão italiana quaranta giorni («40 dias»).Em busca da curaAs vítimas ricas da peste tomavam bebidas inúteis feitas sobretudo à base de plantas e árvores: dictamno, pimpinela, tormentila, rosas, violetas, fumária, mirra e açafrão. Caso a bebida não funcionasse, o médico abria as veias do paciente para o sangrar, um tratamento amiúde mais fatal do que a própria doença. A pobre pessoa só podia rezar para não morrer. Os padres instavam as vítimas a evitar a luxúria, os banhos quentes, a fruta e os comportamentos grosseiros. Com frequência, mesmo quem cumpria essas regras morria na mesma.
Bibliografia:
PLATT, Richard – Pragas, peste e pestilência. Texto, 2012.